Verônica Ferriani

Aliando técnica e personalidade com muita intensidade, a cantora e compositora VERÔNICA FERRIANI é reconhecida como um dos destaques da nova geração da música brasileira pela voz poderosa e pela identidade em suas composições. Radicada em São Paulo, a artista natural de Ribeirão Preto tem sido  elogiada por nomes como Ivan Lins e Nelson Motta e celebrada em importantes premiações como os prêmios Catavento – Rádio Cultura Solano Ribeiro (2009), Prêmio da Música Brasileira (2011), Prêmio Profissionais da Música (2016) e Prêmio Grão de Música (2018).

Seu novo álbum, “AQUÁRIO“, chega com produção musical do carioca Diogo Strausz, participações do mestre paraense Manoel Cordeiro, de Mestrinho e Teco Cardoso, trazendo 12 canções 100% autorais de poesia profunda e sonoridade dançante. Neste trabalho, Verônica traz temas coletivos recorrentes à consciência moderna: as transições, simultaneidades, nossa vontade de pertencimento e alguns mistérios existenciais, tendo como pano de fundo a vida nas cidades.

Há quem associe as grandes metrópoles à metáfora “selva de pedra”. A cantora e compositora Verônica Ferriani, contudo, usa a forma de um aquário para fazer alusão aos grandes centros urbanos. Isso porque as pessoas tem buscado viver em ambientes cada vez mais controlados, em condições ideais de temperatura e pressão. Se por um lado conforta a sensação de pertencimento, por outro isso se torna também um fator limitante e padronizador de costumes e ideias. Inspirada pela complexidade das relações coletivas, Verônica chamou o seu novo trabalho de Aquário.

Arte Capa Aquário

Sucessor de “Porque a boca fala aquilo do que o coração tá cheio” (2013), Aquário afasta a compositora do tom confessional feminino e da temática amorosa para colocá-la diante de temas coletivos recorrentes à consciência contemporânea. São eles: as transições, as simultaneidades e o desejo de pertencimento e de contato com mistérios existenciais. “Para isso, criei perfis realistas e/ou futuristas em reflexões que vão do tribunal – implacável – das mídias sociais, do moralismo restritivo e das relações de poder e interesse até uma possível afeição entre humanos e robôs”, conta a cantora nascida em Ribeirão Preto.

A canção “Amado Imortal“, primeiro single, lançada como videoclipe, foi inspirada por um episódio ultramelancólico da série Black Mirror, chamado “Volto já”. “Nasceu de um mergulho profundo sobre a solidão e de uma pesquisa sobre como os robôs e as máquinas, em poucos anos, devem criar novos parâmetros sobre o afeto”, conta a artista. O clipe também tem um toque da série. Contrasta um ambiente futurista com peças de brechó, levantando a questão do tempo e das relações entre presente, passado e futuro. Objetos de uso comum, entre eles roupas, flores, frutas e revistas, foram colocados imersos em água, como se o líquido ou a refração criasse um novo olhar sobre os itens.

Já no material visual do projeto,  inspirado em fotos do universo fantástico, cada faixa do álbum ganhou uma foto de divulgação, uma animação em vídeo e uma poesia visual em stop motion, desenvolvidas em parceria com outros artistas.

Artes Aquário

A ideia de desafiar a gravidade, que aparece na capa e em todas as fotos de Ivan Batucada e Elena Moccagatta , veio da frase “fora do eixo”, que se repete no disco, em “Desajustada” e “Eva“, pra falar de situações de ressignificação ou de se sentir na berlinda.

E pra ajudar a contar essa história, todas as faixas do disco ganharam animações fantásticas pelas mãos de Ana Inés Flores e o Aquário foi lançado também como Álbum Visual.

 

Aquário também foi agraciado com algumas participações especiais. Manoel Cordeiro, por exemplo, tocou piano wurlitzer e violão de nylon na faixa “É Só o Amor” (ele também aparece com o seu violão em “Amadurecer”). Mestrinho deixou a sua sanfona marcada em “Ponto de Fuga”, música em que Teco Cardoso assumiu o pife.

Composto por 12 faixas autorais, o álbum tem poesia profunda e som dançante. “Desajustada” abre o roteiro fazendo um link com o antecessor pelo tom confessional; mas, aqui, trata-se de um “confessional observador” (atente que o pronome “eu” não aparece ao longo do disco).

Em seguida, “Bússola” aborda nossa pretensão em controlar, medir e prever. A sua levada vem do congo de ouro, que desemboca hoje no funk carioca – mesma célula rítmica pra gêneros tão diferentes. E a harmonia é a mesma de “Amado Imortal” – as músicas nasceram ao mesmo tempo -, balada escolhida como primeiro single

Com o toque cigano e dançante do desapego, “Amadurecer” foi influenciada pelo tempo em que a cantora viveu em Barcelona. “Ponto de Fuga” também nasceu como resultado deste período. Inspirada, mais precisamente, por um jingle da companhia aérea Vueling (tocado quase incessantemente durante um voo Barcelona – Amsterdam), aborda a dificuldade de nos posicionarmos perante assuntos de interesse coletivo, bem como de dialogar com os opostos e tolerar o diferente.

Nomes de Homem” traz uma musa desconstruída e atônita em passeio anônimo pela cidade, entre ações e reações masculinas. Na faixa seguinte, Verônica se utiliza do nome de mulher (aquela que teria sido, na Bíblia, a primeira delas) para falar das mazelas de tantas que precisam combinar os seus próprios desejos e sonhos com o trabalho e a família. Esta é a faixa “Eva”, que tem arranjo cheio, cordas e metais em clima cinematográfico.

Desde que o Fracasso Lhe Subiu à Cabeça” surgiu para falar de gente que se faz de vítima do próprio fracasso. Já “Nave” buscou referência na simultaneidade das músicas “Construção” e “Cérebro Eletrônico”, de Chico Buarque e Gilberto Gil, respectivamente, para falar do tribunal implacável contido por trás dos perfis nas mídias sociais. É a única faixa não inédita do álbum – gravada por Xênia França em 2017, em seu disco de estreia.

De Repente” dá início ao último terço de Aquário, focado na afetividade: imagens diversas da água conduzem a um auto-abraço. Logo em seguida, vem “É Só o Amor”, que bebeu do samba-canção “Alvorecer”, de Dona Ivone Lara e Delcio Carvalho. Já citada anteriormente, “Amado Imortal” foi inspirada por um episódio ultramelancólico da série Black Mirror, chamado “Volto já”. “Nasceu de um mergulho profundo sobre a solidão e de uma pesquisa sobre como os robôs e as máquinas, em poucos anos, podem criar novos parâmetros sobre o afeto”, conta Verônica. “Sabe Lá” encerra o disco com uma mensagem: aceitar o desconhecido e viver o presente.

Aqua_Capa

Verônica já realizou turnês com artistas como  Toquinho (tour voz e violão 2011/17), Ivan Lins, Beth Carvalho, Spokfrevo Orquestra, Mart’nália, Elton Medeiros, Marcelo D2, Moacyr Luz, Criolo, Zé Renato, Osvaldinho da Cuíca, Jair Rodrigues, Elba Ramalho, Moska, entre outros.

Ao final de 2013, surpreendeu crítica e público ao assinar letra e música de todas as canções de seu segundo disco, “Porque a boca fala aquilo do que o coração tá cheio“, que se destacou ao trazer o mais universal dos temas, o amor, sob uma ótica feminina contemporânea, original e sincera.

Se lançando como compositora e impulsionando a divulgação de seu segundo álbum solo, Verônica lançou os videoclipes de “Era Preciso Saber” e “Estampa e Só“.

E desfrutando de seu reconhecimento como compositora, Verônica foi convidada à apresentar suas canções no icônico programa “Ensaio” de Fernando Faro e no festejado “Cultura Livre” de Roberta Martinelli, ambos exibidos pela TV Cultura.

A turnê “De Boca Cheia” passou por 13 países e 100 cidades, selecionada em editais como CAIXA Cultural, Quintas no BNDES, Circuitos SESI, Municipal e Paulista de Cultura, ProAC, Novas Vozes do Brasil (Itamaraty / Embaixadas do Brasil em Israel, Espanha e Japão), além de festivais e espaços culturais pelo Brasil.

Focada em seu trabalho como compositora, Verônica não chega a deixar de lado o prazer de interpretar. Durante a turnê “De Boca Cheia“, aproveitou as viagens para apresentar seu “Diário de Viagem Cantado“, uma websérie gravada com telefone celular, sem cortes e sem edição, em diversos locais mundo afora, com a artista cantando as memórias musicais despertadas nela durante essas vivências, apresentando uma viagem musical pelo cancioneiro brasileiro de diversas épocas, pela chansong francesa, o tango e o jazz.

De volta ao Brasil, a webserie à capella ganhou arranjos e a companhia do exímio violonista Swami Jr. para uma série de shows interpretando o repertório desse seu universo afetivo musical, inspirado por saudade e despertado em trânsito.

Foi como intérprete que em 2009 Verônica lançou seu primeiro disco solo, com regravações de pérolas pouco conhecidas de compositores como Paulinho da Viola, João Donato e Gonzaguinha, vencendo o Prêmio Catavento (Rádio Cultura – Solano Ribeiro) como melhor cantora.

E atuando como intérprete a artista também já participou de projetos de compositores aclamados do cancioneiro brasileiro, além de integrar shows e discos junto a artistas de sua geração. Como cantora, gravou o álbum “Sobre Palavras” a convite de Chico Saraiva, vencedor do Prêmio Pixinguinha.

Em 2011, como cantora da Gafieira São Paulo, venceu o Prêmio da Música Brasileira na categoria melhor grupo de samba. Também com a Gafieira gravou o programa “Mosaicos” em homenagem à Cyro Monteiro, exibido pela TV Cultura.

Em sua trajetória a artista marcou presença com participações em diversos e consagrados programas de música como “Som Brasil” em homenagem à Ivan Lins, exibido pela Rede Globo, “Mosaicos“, em homenagem à Pixinguinha, e “Sr. Brasil“, apresentado por Rolando Boldrin, ambos exibidos pela TV Cultura, dentre outros.

No palco e em discos, Verônica também participou de projetos como: Adoniran Barbosa 100 anos (com Demônios da Garoa, Cauby Peixoto, Arnaldo Antunes, entre outros), Uma flor para Nelson Cavaquinho (com Alcione, Beth Carvalho, Diogo Nogueira, entre outros), 100 anos de Gonzagão (com Dominguinhos, Fafá de Belém e Wanderleia, entre outros), 100 anos de Ataulfo Alves (com Alaíde Costa, Elza Soares, Ná Ozzetti), Alô, alô… taí: 100 anos de Carmem Miranda (com Pedro Miranda), Contos de areia – Clara Nunes 70 anos (com Monarco), Samba guardado (com Moacyr Luz), Samba de breque e outras bossas (com Moska), A voz da mulher na obra de Guilherme Arantes (com Vanessa da Matta, Zizi Possi, Fafá de Belém, Mariana Aydar, entre outras), 100 anos de Dalva de Oliveira (com Alaíde Costa, As bahias e a cozinha mineira, Filipe Catto, entre outros).

 

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